Dispenso estas eleições.
Não me revejo neste sistema semipresidencialista.
Ter um representante que pouco tem de autoridade?
Uma não autoridade que goza de regalias e de protagonismos abusivos e humorísticos?
Nem me alongo mais.
Ainda bem que está a terminar, até porque esta campanha foi apenas mais do mesmo. Um folhetim à portuguesa, irresponsável e puramente demagógica.
Parece que temos mesmo o que merecemos. Em tudo, até na falência absoluta do pensamento. Enfim, é assim que vai a pobreza à beira mar plantada.
Somos um país sem abrigo de uma consciência livre e responsável. Somos um país à deriva no oceano dos coelctivismos, dos coorporativismos e dos populismos.
Assim não vamos lá. E pelo que tantos cidadãos comuns tem passado, até merecíamos conseguir outros rumos. Mas enquanto tivermos esta espécie de sistema político, subversivo e inconsequente, não chegamos lá. É tudo uma retórica baseada numa constituição repleta de falácias e de prisões.
A começar pela (i)responsabilidade...semipresidencialista.
"Não é fácil definir o politicamente correcto com precisão, mas é fácil reconhecer quando ele está presente. É a tentativa de reformar o pensamento (…) também é a obscena, para não dizer intimidadora, demonstração da virtude (concebida como a adesão pública às visões "correctas", i.e., "progressistas") por meio de um vocabulário purificado e de sentimentos humanos abstractos. Contradizer tais sentimentos, ou não usar tal vocabulário, é colocar-se fora do grupo de homens civilizados.” T.D.