quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Assim, simplesmente Natal.

Não vou dizer muito,
apenas que todas as alturas são oportunidades para se aprender,
para se enriquecer a sabedoria e combater o laxismo.
Vou dizer que o laxismo é um dos Amigos do Politicamente Correcto e que a sabedoria
é a verdade que liberta.
Por isso, leiam, aproveitem estes dias para oferecerem livros, para partilharem livros e para lerem livros. Tão simples e tão rico...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

"As Contas Politicamente Incorrectas da Economia Portuguesa"




Deixo-vos hoje, um pequeno excerto deste livro, a ler e obrigatório, para quem deseje esbarrar na verdade dos números e dos factos... Leiam e reflictam, antes de pensarem em dizer coisas...

“MONSTRO”
·         A democracia em Portugal teve um impacto sem precedentes na evolução da despesa pública. Desde o 25 de Abril até aos dias de hoje, a despesa pública passou de pouco mais de 20% do PIB para quase 50% do PIB.
·         Portugal é um Estado unitário, ao contrário de outros Estados, que são federados. Mas nesta estrutura unitária emerge uma grande descentralização administrativa das entidades públicas.
·         A burocracia e a ineficiência do Estado, manifestadas na gestão da despesa pública, em 2012, colocavam Portugal num lamentável 133º lugar, entre 144 países, em matéria de desperdício de recursos públicos.
EDUCAÇÃO
·         Considerando todo o universo de alunos no ensino superior público, cerca de 300 000 em 2010, cada aluno custava aos portugueses mais de 8000 euros por ano.
·         Ponderados os custos entre o ensino básico, o secundário e o superior, em 2012, o ensino público representaria em Portugal um investimento anual de 4000 euros por aluno, num país onde a renumeração do trabalho per capita era de pouco mais de 8000 euros por ano.
·         Como nem todos têm de ser licenciados, o combate ao analfabetismo funcional deveria ser a principal prioridade educativa. Por exemplo, na Alemanha, mais de metade dos alunos inscritos no ensino secundário frequentam o ensino vocacional, cerca de 56%, contra apenas 14% em Portugal.

SAÚDE
·         (…) Os subsistemas públicos de saúde representam uma inaceitável duplicação de custos para o Estado. Não faz sentido que, existindo o SNS, subsistam também outros sistemas públicos de saúde financiados em parte pelo Orçamento do Estado.
     
           SEGURANÇA SOCIAL
·         Existem hoje em Portugal vinte tipos de benefícios sociais, sendo que no final de 2011 existiam mais de 5,7 milhões de beneficiários. Somente entre os pensionistas, contavam-se 3 milhões de pessoas – 30% da população.
·         Em Portugal, ao contrário do que a generalidade das pessoas julga, as contribuições que cada cidadão desconta enquanto activo não chegam para financiar as suas pensões assim que inactivo.
·         Em 2011, os subscritores da Caixa Geral de Aposentações deveriam ter descontado mais de 2000 milhões de euros além das contribuições e quotizações que efectivamente descontaram. Este regime especial de segurança social deveria deixar de existir.
O SECTOR EMPRESARIAL DO ESTADO
·         O endividamento global do sector empresarial do Estado em 2011 era superior a 60 000 milhões de euros, mais de 30% do PIB, uma divida de 6000 euros por cada português ou de 11 000 euros por cada português em idade activa.
·         Os capitais próprios destas empresas, ponderados pela participação pública no seu capital, eram negativos em quase 2000 milhões de euros. Ou seja, se o Estado quisesse vender os eu sector empresarial, teria de pagar a quem o comprasse.(…)

AS PPP
·         Estas modalidades contratuais serviram para financiar projectos de investimento de cariz eminentemente público, sob gestão privada. Mas tivessem os contractos sido avaliados à luz de critérios ditos privados e nunca teriam conhecido a luz do dia.
·         Em 2011, um só contracto – A Rodoviária Interior Norte – consumiu quase 450 milhões de euros em encargos líquidos ao Estado, quase tanto quanto os 560 milhões utilizados para custear o sistema judiciário (tribunais) nesse mesmo ano.
·         Em 2012, o valor actualizado dos encargos brutos previstos até 2051 correspondia a 26 000 milhões de euros, cerca de 15% do PIB e quase 5000 euros por cada contribuinte em idade activa.

ESTADO MAU EXEMPLO
·         Em 2011, estre despesas irregulares, erros e omissões, regularização de dívidas e poupanças futuras, contabilizaram-se 650 milhões de euros. Destes, só em poupanças futuras, identificaram-se despesas no valor de 365 milhões que poderiam ser evitadas.
·         Entre 2000 e 2011, os consumos intermédios do Estado, onde se enquadram os bens e serviços subcontratados, representaram em média 4,5% do PIB. Mas nos primeiros quatro trimestres após o resgate à Republica Portuguesa em 2011 estes mesmos consumos intermédios representam 4,7% do PIB.
·         No final de 2011, em média, o Estado pagava a 84,122 e 158 dias consoante se tratasse, respectivamente, da administração central, local (incluindo a regional), ou do seu sector empresarial. Os pagamentos em atraso atingiam os 470 milhões de euros – perto de 3% do PIB.”



 In "As Contas Politicamente Incorrectas da Economia Portuguesa"
de Ricardo Arroja, editora Guerra e Paz.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Tenham Respeito Ó Idiotas.




Muitos são, os que nestes últimos tempos, tem falado sobre Fome, sobre Miséria, aquela se abate sobre o nosso país. Escrevem textos, rubricam opiniões elaboradas, fomentam críticas rebuscadas. Falam da Jonet, da mulher que com 70 euros não pagou parte das compras de 84 euros, do menino que passou fome na escola… e enfim, enchem-se de uma suposta razão, pronunciando-se a todos aqueles que, no fundo, pensam como eles, e pior, apenas aceitam comentários que estejam na conformidade do seu pensamento… a estes chamo de politicamente e Socialmente Idiotas.
A estes Idiotas gostava de perguntar o seguinte:
- Quantas pessoas conhecem, mesmo, pessoalmente, que estão a passar, mesmo Fome?
- Quantas vezes fizeram algo para aliviar a Fome de alguém?
- O que é para vocês a Fome?
- Como foi o vosso Passado familiar? E nesse tempo existiam ajudas externas, como Banco Alimentar e outras associadas?
- Quando chegaram as primeiras imagens da Verdadeira Fome Mundial, o que fizeram?
- E por fim, tem a noção, a Verdadeira, aquela de saírem do vosso conforto, da Verdadeira Fome no nosso País, da Miséria que há muitos anos vai existindo, como sempre aconteceu?
Eu não defendo a Fome, sou contra ela, e digo que tenho tentado lutar contra ela. Como? Participando em Organizações que Lutam contra a Fome, com comparticipações, com divulgações, com participação em colóquios e procurando saber o que se passa e como se pode aliviar. Já vi várias pessoas, infelizmente, com Fome, já ajudei pessoas com Fome… e sei, e nunca esqueci, o que é a dificuldade, o que é lutar e trabalhar para ter um pão na mesa. Obrigado Pai, Obrigado Mãe.
 Miséria é pensarmos que somos alguém e retirarem-nos a identidade dessa realidade. É deixarmos que nos impeçam de sermos gente, individuo.
Miséria não é deixar de comer um Bife. Miséria não é deixar de comer umas bolachas.
Fome é não ter pão em casa para comer. Fome é não saber quando se vai comer. Fome é não ter esperança.
Fome não é pensar que são as escolas, na sua exclusividade, que tem de alimentar as crianças deste país. Fome não é interpretar, selvaticamente, as palavras de quem trabalha, responsavelmente, para que outros possam não ter Fome.
Gostava, para terminar deixar-vos um testemunho. Tem vários anos, recorro ao ano de 1997. Zona de Gouveia, não quero referir nomes nem locais exactos, como devem compreender. Duas crianças, gémeos, todas as manhãs chegam à escola sem comer, sem pequeno-almoço, sujos e cheios de sono, porque andaram toda a noite a fazerem a pastorícia. Professoras juntam-se para lhes arranjarem o pequeno-almoço, o almoço, roupa quente, um banho. Os pais nunca apareceram, vinham sempre na camioneta da manhã. Havia subnutrição naquelas duas crianças. Um dia, resolveu-se investigar a origem dos pais. Descobriu-se uma casa, vivenda, um bom carro à porta, e um rendimento mínimo garantido, ou como se chamava na altura, sendo o pai feirante. As crianças eram submetidas à pastorícia para assim poderem concorrer aos subsídios. Estávamos no ano de 1997, relembro. Onde é que estavam os Politicamente Idiotas?...
Fiquem com o filme acima, vejam e revejam, e tenham algum respeito social e Humano por todos aqueles, que de facto, há muitos anos já, vivem na Miséria, e tem Fome… ou o Banco Alimentar, que existe desde 1990 e foi criado para lutar contra a Fome, tem apenas funcionado agora, e só agora? Pois, a Fome há muito que existe, então porque é que só agora se interessam por ela? Ou será a mesmo a Luta contra a Fome que lhes interessa, e não um outro qualquer interesse?... Politico…


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

À Educação que Chegamos...



Mario Vargas Llosa, no seu ensaio “ A Civilização do Espectáculo”, a certa altura, descreve o visionamento de um documentário numa televisão francesa sobre, o que ele diz ser, o maior problema cultural do nosso tempo, a educação. Esse programa falou de uma escola Publica, nos arredores de Paris, onde várias culturas se agregam, desde imigrantes de origem subsariana, latino-americana e árabes do Magrebe, e onde os conflitos de gangues, tareias a professores, violações nas casas de banho ou corredores, e até tiroteios. Ele conta que agora parecia estar tudo mais calmo, com dispositivos de segurança apertados, detector de metais, etc, mas o que o mais impressionou no documentário, foram as palavras de uma professora, quando diz:
“ Agora anda tudo bem, mas é preciso saber fazer as coisas”
explicando que, e passo a citar o livro de Llosa, “a fim de evitar os assaltos e os espancamentos de outrora, ela e um grupo de professores haviam concordado em encontrar-se a uma hora certa na saída do metro mais próxima e seguirem juntos até à escola. Deste modo o risco de serem agredidos pelos rufias diminuía.”
Ora esta visão destrutiva de uma escola pública não é uma novidade apenas em França, mas em todo o mundo ocidental. A imagem da Escola, como centro de aprendizagem de conhecimentos e valores, tem sido destruída ao longo das últimas décadas, através de uma ideia extremista de facilitismo e produção quer de interesses económicos, quer de estatísticas selvagens. E com a escola tem sido também arrastada para a amargura, a imagem de muitos professores, não de todos, como explicarei adiante.
Recordo-mo dos tempos em que, quando criança, via a minha primeira professora, como alguém detentora de uma sabedoria, até então, inviolável. E tinha-lhe todo o meu respeito, assim era a exigência dos meus pais. Recordo-me de um episódio, em que levei um estalo da professora, por mau comportamento, e que ao chegar a casa, a queixa foi o instinto normal de uma criança. A resposta da progenitora foi de facto, e menos esperada: “ Não faças queixas, senão ainda levas outro. Se portaste-te mal, mereceste, estás lá para aprender, não para brincar.” Ora, nos dias de hoje, e recorrendo à ficção, muito perto da realidade, seria assim a resposta da mãe: “O quê? Como é que uma estupida de mulher, que pensa que é professora, teve o atrevimento de bater ao meu filho?”.
Eu não sou, deixo claro, a favor da violência nas escolas, do estalo ou demais (apesar de que alguns lhes faz falta), porque a escola é um centro de formação do individuo, a casa é o “centro” de educação do individuo. As duas estão directamente relacionadas, mas não se deve confundir as responsabilidades de cada uma. A escola não é um local de despejo de crianças e adolescentes, e os professores não são os pais, são apenas os formadores de conhecimentos e valores.
Criou-se um modelo de facilitismo na educação, onde a preocupação de preenchimento estatístico de escolaridade obrigatória passou a ser primordial, em detrimento da exigência moral dos conhecimentos de cada um e dos seus valores. O mérito foi sendo descuidado e desprezado. O interesse publico na escola é formatar pessoas sem consciência própria, sem mérito próprio e sem valores próprios. Descaracterizou-se a imagem do professor, deixando de ser um dos centros nevrálgicos da transmissão de conhecimentos, para ser apenas o centro preferido da má-educação, dos maus costumes e falta de valores, quer de alunos, quer de pais, quer mesmo da sociedade. Virou uma espécie de mal-amado do sistema. Mas, mesmo assim, nem todos o são, porque existem aqueles professores que se servem da antiguidade, dos privilégios político partidários e sociais, para se valerem de interesses e de certa forma criarem elites e grupos restritos de proveitos, chegando a escravizarem aqueles que ainda desejam prevalecimento da imagem antiga do professor.
A educação em Portugal privilegia os prevaricadores, e institui a ideia de que saber não é valorizado. Isto resulta muito da construção de uma responsabilidade colectiva, de que a nossa escola é formada. Baseamo-nos muito em ideais e filosofias de Rousseau, de que o homem nasce bom, é a sociedade que o destrói, logo a necessidade imperiosa de compreender, em demasia, as crianças, predominando a psicologia infantil, à procura de explicações para todos os comportamentos e teorizando todos os pensamentos… daí o surgimento de patologias inesperadas, como a Híper actividade ou défice de atenção, que são perfeitas invenções para desculpar a falta de responsabilidade, como a dos pais que nasceram nas décadas de 60,70… já agora, deixo a pergunta, se é o homem que nasce bom e a sociedade é que o estraga, o nasceu primeiro, o homem ou a sociedade?
Temos uma educação de teóricos. Precisamos uma educação prática e baseada em fundamentos individuais, fundamentos de mérito e responsabilização individual. Precisamos de uma educação formadora, não formatadora, onde a imagem do professor tem de ser, ao mesmo tempo, predominantemente autoritário enquanto formador de conhecimentos e valores sociais, mas responsável individualmente, por todos os seus actos como docente. Precisamos de um modelo de gestão de recursos vs necessidades, para conseguirmos, de facto, retirar todo o proveito do investimento que, todos fizemos na construção de cada aluno. Mas para isso, é necessário um modelo mais prático, mais virado para a flexibilização dos meios e dos conhecimentos. Um modelo onde o aluno possa, ao mesmo tempo, aprender, apreender e praticar. Precisamos de ensinar a “pescar, mas pô-los a pescar ao mesmo tempo.” E é necessário a responsabilização de todos os actores deste modelo, incluindo os pais. Estes não se podem recusar a assumir o seu verdadeiro papel, de educadores, criando uma formula de exigência para com os seus filhos, não temendo nenhum tipo de desvios comportamentais ou mesmo sociais, porque a sua função é de serem PAIS e não, como virou moda dizê-lo, os melhores amigos, os mesmos que com eles partilham a má-criação.
Problema? No contexto em que vivemos, no Regime em que vivemos, não acredito que seja possível instituir uma escola mais competente. Está de certa forma institucionalizada, o tipo de educação que temos. Por isso, não é de estranhar os episódios diários de agressões, de lutas de gangues, de violações, de má-criação, de falta de valores, de má gestão educacional de recursos e assim a deterioração da sociedade, afinal não é a sociedade que estraga o Homem, mas sim o Homem, através da sua condição amedrontada, egoísta e traiçoeira, quando em desordem, traz à tona toda a sua precaridade, logo que estraga a sociedade. É o que estamos a verificar agora.
Sobre a escola privada, é necessária sim, temos excelentes exemplos, como os temos de algumas escolas publicas, mas se existem maus exemplos de escolas privadas, está tudo relacionado com o que atrás disse, uma educação prevaricadora produz pessoas prevaricadoras, é este o único comentário que faço àqueles que ainda se espantam com reportagens e acumulações de escândalos de interesses no nosso país… por vezes chego a pensar se vivemos todos no mesmo país, ou então alguns andaram sempre acordados e outros, bem, sempre a dormir.
Finalizo apenas com esta ideia: Admiram-se assim tanto com os políticos que temos?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Fascismo de Cunhal, por Henrique Raposo



É sempre cómica a forma como o jornalismo português transforma um fascista vermelho num grande democrata. Ontem, uma jornalista até disse que "Cunhal sempre lutou por um partido livre e transparente". Um sujeito ouve isto e fica a pensar "mas ainda há células do PCP nas redações?". Meus amigos, Cunhal lutou toda a sua vida contra a democracia. Cunhal tinha uma concepção totalitária da política: só compreendia a linguagem da força, só aceitava um regime de partido único (o dele) e toda a sociedade, dos romances aos tampos das sanitas, tinha de obedecer a um plano central (o de Moscovo). Por outras palavras, Cunhal era fascista.
Antes de 1974, Cunhal fez a vida negra às oposições democráticas, porque o PCP não queria uma transição para a democracia. É ler Norton de Matos, Eduardo Lourenço, Sophia, Sousa Tavares, Alçada Baptista, Bénard, Cunha Leal. Todas estas figuras contestaram, ao mesmo tempo, Salazar e Cunhal. Nos anos 50, Cunha Leal e Norton de Matos afirmaram que Cunhal era pior do que Salazar. No final dos anos 60, Eduardo Lourenço declarou que a oposição democrática não podia dançar o tango com a oposição autoritária (o PCP), porque Cunhal era uma fotocópia de Salazar. Moral da história? Durante o Estado Novo, o grande alvo do PCP não foi Salazar, mas a restante oposição. Daí nasceu esta guerra civil entre as esquerdas (tornada explícita em 1975) e a ditadura intelectual do PCP junto dos meios jornalísticos e intelectuais. Algo que ainda perdura em reportagens que cantam loas a Cunhal em 2012.
Depois do 25 de Abril, Cunhal continuou a lutar contra a democracia. Em actos e palavras, Cunhal foi claro: Portugal não podia caminhar no sentido democrático. É por isso que o líder do PCP sempre desprezou os actos eleitorais. Cunhal passava a vida a dizer que a sua "maioria política" era mais importante do que as "maiorias aritméticas" das urnas. Ou seja, a violência da rua e dos militares do PCP eram mais importantes do que o respeito pelos processos democráticos. Em 2012, os jornais e TV estão cheias de pessoas a dizer que "ora, ora, com tanta manif na rua, o governo perdeu a legitimidade e deve cair". O fascismo de Cunhal continua vivinho da silva.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-fascismo-de-alvaro-cunhal-continua-vivo=f771072#ixzz2E22Yzh3e

Por Henrique Raposo in Expresso, Jornal.