domingo, 23 de novembro de 2014

Muro 3.




Passaram 25 anos que caiu o muro em Berlim.  25 anos é 1/3 de século. 25 anos é cientificamente o tempo em que o nosso corpo se desenvolve como jovem, a partir daí começa a envelhecer. 25 anos são para muitos o tempo necessário para que uma pessoa aprenda e apreenda uma formação académica. 25 anos são bodas de prata. 25 anos... depois de Berlim pensou-se num mundo novo, mas de facto vivemos num mundo demasiado velho em termos de género e de vida.
Começo pelo género. Homem e Mulher. Mulher e Homem, como desejarem. Vivemos num século que pensamos designar como o mais avançado de todos os tempos, aquele em que a maioria dos obstáculos à liberdade foram todos ultrapassados... e tão enganados que andamos. Penso que vivemos talvez num dos séculos mais escravizados que pode haver memória na nossa História. Vivemos a escravidão interior. Temos e detemos o conhecimento, mas não somos capazes de retirar dele o melhor que nele habita. Vivemos num século após outro, onde o Homem já há muito que chegou à Lua,  após aquele onde construiu também uma estação espacial, após aquele onde descobriu a erradicação para doença endémicas, após aquele onde sobreviveu a duas grandes guerras e reconstruiu-se de novo... mas vivemos num século onde todo este conhecimento, e o que os outros criaram, está envolto numa hipocrisia gritante. E a diferença dos géneros é um dos maiores exemplos. Sabemos, pelo passado, que durante muito tempo a Mulher foi, em muitas culturas, um objecto, algo que apenas servia para procriação. Um sujeito menor, uma palavra de uso e abuso sexual, uma escrava. Foi o Ser Humano que mais escravidão sofreu ao longo dos séculos. Poucas foram as culturas, que no decorrer dos seus tempos, se libertaram da idiotice da submissão dos géneros, abolindo o poder dos Homens e dando igualdade de direitos e oportunidades aos dois géneros, masculino e feminino. Aliás, direi que raras foram as culturas que o fizeram durante os séculos. A Europa pode apresentar alguns casos de monarquias matriarcais, mas que depressa se esvaziaram. Engraçado, pois um dos maiores obstáculos à igualdade de géneros passou pela igreja, pelas crenças religiosas, ainda hoje subsistem em alguns credos, como o islâmico, e de forma perversa.  Mas Jesus, símbolo máximo do Catolicismo, sempre se rendeu às mulheres, começando por sua mãe, Maria, simbolizando-a como o principio de tudo que existe no mundo. O que a idiotice do Catolicismo veio depois tentar desmontar com uma história repleta de hipocrisia, a de Adão e Eva, onde foi a Mulher quem pecou primeiro ao comer da maçã, e daí surgir o pecado. Afinal, ser Mulher é ser pecado. Não, ser Mulher é ser Humana, como ser Homem é ser Humano. Ponto Final.
E chegamos ao século XXI, 25 anos após ter caído o muro que separava homens e mulheres na mesma cidade. E 25 anos após encontramos ainda um dos maiores muros que a memória histórica pode escrever, a desigualdade de géneros. E tudo camuflado pelo conhecimento hipócrita das sociedades ditas contemporâneas. Todas elas sabem que existem culturas que nem reconhecem a Mulher como algo da existência da Vida, mas desculpam-se pelo respeito às culturas. Mas o primeiro dos respeitos culturais não é o respeito pela existência na Vida? A Mulher existe tanto como o Homem. Ponto Final.
Todas elas sabem que existem credos que não reconhecem a Mulher a não ser como um objecto de procriação, um objecto de pecado, um objecto de distração, um objecto de submissão. E continuam a esconder-se na máxima de que podem-se libertar os povos pelo petróleo, mas não se deve libertar os povos dos credos que as amordaçam e escravizam? A Mulher não é um objecto de nada, é um Ser Humano como o Homem. Ponto Final.
Todas elas sabem que continuam a existir a convivência entre a Mulher e o seu assassino, que a violência domestica é cada vez mais abrangente, pois o crescente descrédito nas instituições judiciais e educacionais, tem criado verdadeiros monstros hediondos, que massacram a existência de supostas famílias desgraçadas pelo murro e o pontapé, o sangue e a dor. E assim crescem novas crianças que poderão ser num futuro, novos promotores desta estúpida relação de géneros. E o que fazem as sociedades? Viram a cara, numa suposta ideia de que o problema não é deles... procuram desdramatizar com métricas de involução dos casos, quando o sofrer em silêncio é cada vez maior...e pior, chegam mesmo a desvalorizar estas situações como sendo meros momentos de “perda da racionalidade”, sendo apenas episódios esporádicos ( por favor, estes assuntos não são meros circos, são sérios, são sobre o que de mais sério existe, a Vida em si)...ou seja, o que elas fazem é preferir viverem na hipocrisia em vez de combaterem o mal pela raiz. Que raiz? A liberdade individual é apenas um mero direito de existência humana, logo o respeito por essa liberdade deve prevalecer a ambos os géneros. Ponto final. Isto tem de ser lei Humana e não Social. Logo, daqui tem de resultar uma educação baseada nos conceitos mais primitivos da liberdade individual: respeitar e aceitar. Respeitar a igualdade de existência, e aceitar a diferença de existência. Quando somos concebidos não existe Mulher e Homem, existe Ser Humano. Quando morremos, não existe Mulher e Homem, existe cadáver. A Mulher e o Homem são apenas o que vivem, seres que co-habitam o mesmo mundo. São as memórias e as estórias. Logo deve ser aceite a diferença no género, no sexo, na forma de estar, de vestir, de viver e conviver, nas escolhas. A diferença, aliás, deve ser aceite em tudo, como uma mera normalidade existencial. Ponto final.
E por fim, a liberdade individual deve assentar na igualdade de género. As mesmas oportunidades, os mesmo direitos e deveres, as mesmas responsabilidades... mas é aqui onde a hipocrisia atinge patamares de excelência. Mas agora falo contra os dois géneros. Aqui a liberdade individual é amordaçada, assassinada, e jogada aos confins do inferno. Por um lado, as Mulheres continuam a não ter as mesmas oportunidades que os Homens, porque engravidam, porque tem diferenças físicas, porque são vistas como meros objectos sexuais. As empresas escondem-se atrás de desculpas para admitirem mulheres, tudo porque uma gravidez pode trazer falta de retornos aos seus lucros. Pergunta para queijo: Os homens que decidem estes lugares, que são pais, dizem amar os filhos, e eles nasceram de onde? Da cegonha que vem de muito longe?...
Por outro lado, critico as Mulheres que abusam do seu cariz mais sex-appeal, para se autopromoverem e conseguirem subir dentro das empresas, procurando o sexo como meio de atingirem os seus objectivos maiores. Quem deseja atingir a igualdade deve usar do exemplo, contrariando toda a mescla de subterfúgios imundos para atingirem o poder. Mas esta conversa serve para outro muro: o da luta pelo Poder.
Finalizo dizendo que vivemos 25 anos depois da queda do muro da vergonha. Mas continuamos a viver em vergonha, com a desigualdade dos géneros, com a escravatura interior de cada um de nós, que sabemos e temos consciência do problema, mas viramos a cara, sorrimos e seguimos de lado, para não nos identificarem com alguém que simplesmente é igual ao seu próximo, pois é um Ser Humano, ainda antes de ser Mulher.
Não à submissão feminina. Não à violência doméstica. Não à violação sexual. Não ao muro da vergonha, ao muro da hipocrisia.
No próximo muro falarei da Vida. Animal. Do muro onde o Homem não respeita o que mais valioso a existência tem, a Vida, seja ela qual for. Que a desonra com o intuito de criar uma mera industria faminta, e um estúpido divertimento.

Por agora, termino apenas com o meu maior respeito por todas as mulheres deste mundo. Que um dia este muro caia de vez.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Muros 2.




Os muros erguidos, estão cada vez mais altos.O grito de Socorro é cada vez mais mudo.O próximo tornou- se alheio.

Há 25 anos que caiu um dos principais muros, quer físicos, quer psicológicos. A existência do muro de Berlim era a inversão da utopia para um mundo melhor.  A separação de dois lados, onde as pessoas estavam afastadas dentro da mesma cidade, criava a onda de uma gaiola cultural, onde uns viviam do lado de fora e outros, prisioneiros dentro das grades. Mas já estava escrito que todos eram iguais à nascença, defendido que todos tinham o direito à vida, fosse qual a raça, a cultura, ou a língua. E com o derrubar deste obstáculo pensou-se termos aberto a porta das gaiolas, e deixamos sair todos os pássaros que mereciam a liberdade. Todos gritaram por esses recantos mundiais, em várias línguas, os sons da liberdade, da prosperidade multicultural que já tanto se desejava, da fraternidade entre povos e da amizade entre crenças.
25 anos. O tempo ditou ser a controvérsia da utopia. Ele dita sempre ser uma espécie de mau da fita, um espoliador de liberdades singelas, e um criador de gaiolas, cada vez mais intransponíveis e indestrutíveis. O tempo criou o futuro. Uma palavra que existe desde a criação do próprio tempo, mas que os homens da geração de há 25, 30,40 anos atrás, se esqueceram da sua presença. O futuro é construído através das vontades, do trabalho de colocar em prática os sonhos que se desenham no pensamento. Não é uma mera circunstância de um feito alcançado hoje, no presente. O Infante D. Henrique não olhou, do alto da ponta de Sagres, o horizonte longínquo todo ele mergulhado em água, e apenas pensou que pela circunstância de colocar naus a navegar, outros mundos havia de conquistar. Ele colocou sim, em prática, no trabalho árduo e sofrido, com lágrimas, suor e dor, mortes à mistura, e muita incerteza, os sonhos em construção. Não desistiu enquanto não alcançou o feito de atravessar o que a vista alcançava, mas que o sonho trespassava ilimitadamente.  E chegou lá. Bem ou mal, mas chegou. Ele e todos os que o seguiram.
25 anos depois da queda do muro de Berlim, nós fomos construindo mais e mais muros, gaiolas onde não colocamos mais ninguém, senão a nós mesmos. O mundo está dentro da sua própria gaiola. 25 anos depois as culturas estão mais separadas, em vários casos, do que unidas. Veja-se o problema ad eternum do Médio Oriente, onde os povos não conseguem encontrar uma solução, uma via onde o futuro, a tal palavra esquecida, possa fazer sentido. E de longe, o mais longe possível, os ocidentais, do alto da sua gaiola, empunhando uma liberdade hipócrita, fazem juízos gratuitos do que se passa lá longe, bem longe...quanto mais longe melhor, pois melhor será o julgamento, e menor será o perigo de envolvimento. E lá, onde os homens caem sob a lápides da história, lá onde as crianças perdem o caminho do futuro, lá onde as mães gritam pelos filhos que partiram, lá onde os homens se matam por uma história, um odio ancestral, por uma religião sem misericórdia ou pela pura e crua vingança de uma disputa territorial... lá, eles constroem muros cada vez mais altos, onde os gritos de socorro são cada vez mais mudos, com os ocidentais cada vez mais alheios... mas presunçosos da razão. Tudo porque, supostamente, vivem num mundo onde se derrubou um muro entre consciências e se libertaram filosofias.
25 anos depois, o homem perdeu a noção de que ainda persistem muitos dos muros que existiam nesse tempo, já longínquo. Mais um. O da fome e das guerras em África. O mesmo tom, a mesma miséria intelectual, o mesmo vazio, e a mesma distancia prepotente de um Ocidente que se diz sem preconceitos. Mas di-lo dentro da sua gaiola. Em África apenas um homem conseguiu, por momentos, derrubar mesmo um dos maiores muros do século passado, Nelson Mandela. O muro da vergonha. Quis dizer e disse-o, apesar de podermos ser diferentes na cor, somos iguais na existência. Não é uma pele que nos define, mas sim uma consciência. Foi essa a lição que ele nos deixou como legado. E o que mudou? Muito pouco. Porquê? Porque um homem pode mudar uma pedra, mas é necessário uma sociedade para mudar a montanha. Não existem Deuses de um qualquer Olimpo, que virão em defesa do homem, para o salvar. É o homem que tem de o fazer. Mas para isso tem de procurar derrubar os muros invisíveis ao olhar, mas demasiado visíveis ao pensamento.
Vivemos numa suposta liberdade. Apenas suposta. Porque ela não existe fora de nós. Ela só pode existir dentro de cada um. Por isso Mandela sobreviveu num pequeno espaço durante tantos anos, porque a sua liberdade sempre fora maior do que o espaço físico em que habitava o seu corpo. O liberdade está no  pensamento, na consciência, na criação da individualidade como existência própria. Não como ego, mas como individuo, de dentro para fora.
25 anos depois vivemos numa gaiola de juízes, presos a conceitos alheios, pré-definidos. É difícil pensar. Pensar doi. O conhecimento doi. Sempre existirá dor nele, porque é dele que vem as respostas, logo o vermos as grades que nos rodeiam faz doer. Vivemos na gaiola do preconceito. O ego é preconceituoso, até consigo próprio.  A própria piedade é preconceituosa. O ensinar a pescar é mais livre do que o pescar pelo outro. Vivemos na gaiola da tecnologia. Criamos novos conceitos de vida, de comunicação, de procura pelo prazer de conhecer, pela divulgação da informação...etc, etc... tudo para vivermos cada vez mais distantes uns dos outros, para deixarmos de sonhar, para deixarmos de lavrar a terra onde nasce o conhecimento, a Natureza, a Vida em si mesma. E supostamente essa tecnologia seria para libertar mais o homem, o tornar mais disponível aos outros...sim, mas disponível virtualmente, e por vezes numa real mentira existencial.
Mas há aqueles que vivem, de facto, fora da gaiola. Aqueles que perceberam que os muros mais perigosos são os silenciosos, aqueles que descobriram que não crescem com espinhos nos sentimentos, nem com sangue e raiva no pensamento. Apenas se cresce com uma consciência própria, uma liberdade interior e asas para voar a construir o futuro. Souberam e perceberam assim que os muros formatam as consciências e as destroem silenciosamente. Esses perceberam a palavra, que o dia seguinte seria diferente, que mesmo havendo hoje alegria, amanhã pode haver lágrimas, mas é esse o caminho. Independente do que nos separa, o que nos une é mais forte, a simplicidade de apenas existirmos no presente. Só assim se conseguirá abrir mesmo a porta da gaiola, que vive dentro de cada um de nós. Esses que o perceberam caminham, lutam, mas apenas conseguem, cada um, desviar uma pedra de cada vez. E não são alheios à verdade do mundo. À real verdade da Vida.
Até quando a surdez cultural, racial, filosófica, política e linguística irá permanecer na maioria de nós? Até quando os gritos de socorro serão abafados e os próximos serão alheios a isso? Até quando as Gaiolas, zonas de conforto, muros invisíveis, irão permanecer neste mundo esquecido do real significado da palavra futuro?

domingo, 9 de novembro de 2014

Muros. 1





Volto aos meus textos aqui neste blog, no aniversário da queda do muro de Berlim. Foi há 25 anos. Eu tinha na altura 18 anos. Estava na maior idade. Recordo-me perfeitamente que coincidiu com a primeira edição de uma revista de nome “Grande Reportagem” , onde um dos fundadores foi  José Manuel Barata Feyo. A capa era a da queda do muro de Berlim, e retive uma frase de Willy Brandt, sobre a queda do muro: “"Cresce junto, o que foi criado para estar junto". De facto, retive sempre esta frase, não só por Berlim, mas pelo mundo.
Pensavamos, na altura, que havia caido o ultimo dos muros que nos separava da Democracia Global. Rápidamente entramos numa espiral de revoluções e convulções na Europa, que terminaram na independencia, leia-se de um autoritarismo comunista,  de várias nações, na divisão da URSS, enfim, o mapa do Ocidente parecia querer mudar e a Europa ser a timoneira de uma nova ordem Mundial.
Mas 25 anos depois, vivemos uma Europa diferente, mais desigual, mais separada, mais distante dos principios básicos que fundaram a CEE, na altura. Uma Europa que não é timoneira de nada, apenas refém de si mesma.
Não partilho da ideia socialista, e acima de tudo do puritanismo barato da esquerda radical, que esta Europa é de desigualdades sociais, fundamentada num capitalismo selvagem. Não partilho, porque este é o mundo novo.
De facto o mundo mudou com a queda do muro de Berlim. Com a queda de um imperialismo comunista que dividiu o continente das luzes. O capitalismo é o resultado do desenvolvimento das sociedades. Não se pode querer crescimento, o consumismo do bem estar, os desejos do poder, da riqueza, da independencia economica, sem o capitalismo. Se ele tornou-se mais selvagem ou não, isso é o resultado do maior dos muros que se ergueram, o das consciencias.
Por isso os muros não cairam. Mudaram apenas. Não sejamos hipócritas. Como escrevi antes, a frase de Brandt diz tudo, deve crescer junto o que foi criado para estar junto. Todo o homem deve ter o direito a crescer igual ao seu próximo, mas para isso, todo o homem deve ter o dever de primeiro admitir que o seu proximo é tão igual como ele. O que foi criado junto é o principio da existência. Agora o que deve crescer junto é o principio do dever, do aproveitar a oportunidade de viver para desenvolver-se, lutar e crescer. A existência em si mesma é já um direito, o da vida, o da oportunidade. A seguir vem o dever, o de crescermos, o de trabalharmos para sermos iguais aos demais. Não podemos pensar eternamente que o direito é sempre o fruto de tudo. O direito é a semente, o dever a árvore, a responsabilidade o fruto. E a quebra destes principios é que tem criado os muros do novo mundo, da globalização., o muro da consciencia.
O problema não é a desigualdade social, a pobreza, a miséria, o abandono, a fome. Esse é o resultado apenas. O problema é que não fomos todos criados para estarmos juntos. Uns foram para terem direitos, outros para terem deveres, e outros para não terem responsabilidades.
Os que tem direitos, são os que se julgam as vitimas dos sistemas.
Os que tem deveres são os que sustentam os sistemas.
Os que não tem responsabilidades são os que gerem os sistemas.
E se tivermos uma má semente, vamos ter uma árvore doente e logo dará um fruto podre.
Todos deviamos desfrutar dos mesmos direitos, com o azimute dos mesmos deveres, e assim produzirmos as mesmas responsabilidades. Utópico? Pois, numa Europa onde alguns trabalham para sustentarem sempre a maioria, é dificil exigirmos responsabilidades. É verdade que interesses maiores se ergueram para ajudar quem hoje pede responsabilidades. Mas isso acontece porque os que foram ajudados fizeram os seus trabalhos de casa, leia-se cumpriram com os seus deveres, logo, assumiram as suas responsabilidades perante a ajuda que receberam. E assim cresceram, criaram riqueza. A riqueza deles foi também conseguida através de interesses junto de paises mais pequenos, com menos recursos? Não, esses paises é que são os tais que se acham donos dos direitos, logo serão sempre vitimas de tudo, até de não terem recursos. Todos tem recursos, o problema é que nunca foram bem explorados.
 Pode-se criticar todo e qualquer politico por ser corrupto, mas enquanto pensarmos que ele é algo à parte de nós e não o resultado do que somos, nunca derrubaremos o muro que nos separa do crescimento enquanto cidadãos e enquanto pessoas responsáveis.
Deve crescer junto o que foi feito para estar junto. Nós temos o direito ao livre-arbitrio, à escolha. Nós temos o dever de procurarmos, dentro de nós, a liberdade para lutarmos por essas escolhas, por as alcançarmos. E por fim, temos de assumir as responsabilidades dessas mesmas escolhas. Só assim os muros começaram a deixar de existir. De dentro para fora. E nunca de fora para dentro.
Não esperes que o próximo faça o teu caminho. Controi o teu junto aquele que escolheu subir a montanha, por mais dificl que ela possa parecer.
Este é o primeiro texto sobre os muros… outros virão.

Até breve.